quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Projeto Jornal na Sala de Aula

O que é o jornal na sala de aula?


Trabalhar o jornal na escola requer atenção a essa característica. Quem lê jornal o faz, em geral, diariamente, raramente o lê integralmente, costuma iniciar a leitura por um caderno específico que concentra seus interesses pessoais, passeia os olhos pelos cadernos e fixa-se em uma ou outra matéria. Esses modos de ler o jornal precisam estar presentes no trabalho escolar, se desejarmos, de fato, formar leitores de textos de imprensa. Se o professor recortar uma notícia para, posteriormente, preparar um roteiro com perguntas para explorá-la com os alunos, já perdeu o timing.
O jornal reflete os valores, a ética, a cidadania, através dos mais variados temas e se torna assim um aparelho importante para o educando se colocar e se inserir na vida social, por meio dessa ferramenta de comunicação. O uso do jornal na escola atende a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), pois as matérias tratadas servem de base para o desenvolvimento dos temas transversais, trabalhando-se, por exemplo, a questão da ética e da cidadania nos enfoques e tendências, que dão aos fatos e notícias. Ensina-se através do jornal, a leitura, a interpretação dos assuntos tratados sob um prisma reflexivo e crítico, propiciando aos alunos a oportunidade de se inserir no mundo através de uma janela de papel.

POR QUE O JORNAL NA ESCOLA?


A escola como toda instituição é um estabelecimento fechado e nela os alunos recebem instruções e formação. Um dos principais papéis do professor seria, pois, o de estabelecer laços entre a escola e a sociedade. Ora levar jornais para a sala de aula é trazer o mundo para dentro da escola. Jornais e revistas são os mediadores entre a escola e o mundo.
O jornal também é uma fonte primária de informação, espelha muitos valores e se torna assim um instrumento importante para o leitor se situar e se inserir na vida social e profissional.
O jornal como formador do cidadão, se a leitura do jornal for bem conduzida, ela prepara leitores experientes e críticos para desempenhar bem seu papel na sociedade.O jornal na formação geral do estudante, a leitura crítica do jornal aumenta sua cultura e desenvolve suas capacidades intelectuais.

COMO TRABALHAR O JORNAL NA ESCOLA?

Estabeleça um dia da semana em que você e seus alunos lerão jornais. Se a escola, como é desejável, tem assinaturas de algum jornal, leve os exemplares para a sala de aula e deixe que os alunos folheiem e selecionem o que querem ler. É bom que haja exemplares de mais de um jornal, pois isso permite analisar a relevância e o tratamento que cada periódico dá à notícia de um fato. Se a escola não tiver nenhuma assinatura, encarregue alguns alunos de providenciarem exemplares para o trabalho.
Para ativar os conhecimentos prévios em relação ao que irão ler, bem como permitir a comparação crítica, solicite que assistam aos noticiários televisivos do dia anterior. Se possível, grave-o para rever algum trecho com a turma e confrontá-lo com o tratamento que a notícia recebeu em sua versão escrita. Um trabalho como esse possibilita aos alunos irem compreendendo a diferença entre telejornal e jornal impresso. Mostre o outro lado, analisando os acontecimentos através de artigos e editoriais que têm com o propósito de incomodar o leitor, incitando-o a tomar partido, etc.
Nenhuma notícia é escrita de modo neutro e confrontá-la em diferentes mídias ou em diferentes jornais é uma forma de verificar diferentes pontos de vista, desenvolvendo o espírito crítico.
Apesar da atividade desenvolve-se com certo improviso, pois é muito provável que o professor não tenha como ler previamente diferentes jornais, seu impacto reside, inicialmente, na própria experiência da leitura compartilhada em que o professor mostra aos alunos como faz em “cenas explícitas de notícias”: lendo em voz alta alguma das matérias, comentando passagens, contextualizando a notícia, caso os alunos não disponham dos conhecimentos prévios necessários, polemizando, abrindo o debate. Uma outra vantagem é que os alunos estão lendo o que os leitores estão lendo também; estão lendo sobre o que está dando no rádio, na televisão; o que está na boca do povo. Essa simultaneidade permite que os alunos possam se inserir no debate das questões que são notícia.

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